Neste trabalho eu busco documentar a organização do espaço de areia das praias do Rio de Janeiro. Trata-se de um lugar que aumenta e diminui, consoante à força das marés e que todos os dias é escrito e interpretado pelos barraqueiros.
Eles trabalham de madrugada ao anoitecer: alugam cadeiras e guarda-sóis, instalam chuveiros, definem suas áreas comerciais. Quanto mais quente, mais movimentada fica a praia e mais trabalho há para eles.
Para além da atividade destes “barraqueiros” e da representação do seu local de trabalho, quero também mostrar a forma como os frequentadores da praia tomam conta do local e criam o seu próprio universo. Procuro entender como a cada dia um cenário estabelecido se escreve nas praias do Rio, desde a calçada até o mar, passando pelas lonas das barracas e pelas diferentes arquiteturas de jogos que pontuam esse lugar de vida e prazer.