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A fotógrafa Tanara Stuermer desenvolveu este trabalho com o objetivo de explorar interferências relacionais, como preconceitos, medos, preocupações, dúvidas e todo tipo de barreiras que desenham os laços entre as pessoas e com os lugares onde vivem. Preocupada com o meio ambiente, ela usou o plástico para sustentar essa reflexão, que está onipresente em nossas vidas. Ele bloqueia o sol, a chuva, o vento, protege os alimentos, serve de barreira entre as pessoas e teve presença forte no mundo pandêmico. Pode ser transparente, quase invisível, é destituído de sabor e cheiro e também impossível de ignorar. Estas fotografias mostram que esta interferência artificial plástica manifesta um desejo de distância, impedindo o toque humano, mas sem perder de vista o que está do outro lado. Ela produziu imagens que se aproximam do abstrato e que mostram uma dinâmica entre o fundo e o primeiro plano, extinguindo a hierarquia entre ambos, trazendo tudo misturado para a superfície, numa tentativa de desenhar um prenúncio visual de como será nossa vida se não transpusermos o necessidade do uso de plástico. Essa série foi selecionada para a mostra do Festival de Fotografia de Paranapiacaba 2023 e foi produzida em Paris e no Rio de Janeiro.

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